Prefeito reeleito de Belo Horizonte arrecadou R$ 4,3 milhões após a festa da vitória
Com os resultados das eleições já definidos, prefeitos eleitos em capitais pelo país em outubro ganharam doações milionárias que ajudaram a quitar dívidas de campanha.
Para as empresas, a contribuição pós-vitória acaba sendo uma forma garantida de ajudar uma coligação que em breve estará no poder.
Esse tipo de doação é legal, já que os partidos precisam enviar a prestação final de contas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até 30 dias após a votação.
Levantamento feito pela Folha aponta que R$ 20,4 milhões foram arrecadados por eleitos em capitais após o fechamento das urnas.
Esse número representa cerca de 10% do total obtido por eles em toda a campanha eleitoral.
Quem mais se valeu do expediente foi o prefeito reeleito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB). Ele conseguiu arrecadar R$ 4,3 milhões após a festa da vitória. Ainda assim, gastou mais do que arrecadou.
Situação semelhante ocorreu com o petista Fernando Haddad, em São Paulo. Os R$ 4 milhões recebidos por sua campanha depois da votação não foram suficientes para evitar que Haddad tivesse o maior deficit de arrecadação do país.
Em Florianópolis, o novo prefeito, Cesar Souza Júnior (PSD), recebeu nesta semana, às vésperas do fim do prazo para prestar contas, repasses das empresas Hai Automóveis e Planaterra Pavimentação que somam R$ 1,5 milhão, o equivalente a um terço do total arrecadado por sua campanha.
Em Cuiabá, a Bimetal Metalúrgica, que repassou R$ 764 mil ao eleito Mauro Mendes (PSB), uma das maiores doações diretas, diz que os valores se referem a equipamentos que foram cedidos durante a campanha.
A maior parte do volume recebido pelos eleitos, porém, veio de maneira oculta. São valores repassado inicialmente para comitês financeiros ou direções partidárias. Dessa forma, não é possível fazer associação direta entre o recurso doado e o candidato beneficiado.
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