Secretário de Saúde de Zema tem empresas que atuam no setor

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), anunciou, nesta quinta-feira (14), o novo secretário de Estado de Saúde.

O médico Carlos Eduardo Amaral Pereira da Silva vai substituir Wagner Eduardo Pereira, que, como antecipou o jornal O TEMPO ontem, está deixando o governo para tratar de problemas de saúde. O novo titular da pasta é neurocirurgião e neurorradiologista intervencionista e professor do curso de medicina do Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Empresário da área
A indicação do novo chefe da pasta pode trazer dor de cabeça ao governador. Isso porque Carlos Eduardo é sócio de empresas que atuam na área da saúde – farmácia de manipulação, instituições de saúde, faculdade de medicina e empresas de aluguel de equipamentos médicos – o que, em tese, poderia gerar conflito de interesses.
Uma das empresas da qual o novo secretário faz parte do quadro societário já foi condenada por promover a ampliação do Hospital Monte Sinai, na cidade de Juiz de Fora, na Zona da Mata, sem o devido auto de vistoria do Corpo de Bombeiros.

Segundo a ação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), tal fato constituiu flagrante ameaça à segurança de um número indeterminado de indivíduos. Após a condenação, a empresa recorreu, e o processo agora tramita no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

Programa de governo
A escolha de um sócio de empresas do setor de saúde para comandar a secretaria de saúde do governo de Romeu Zema chama atenção também pelo fato de que o plano de governo apresentado pelo então candidato ao governo de Minas abre a possibilidade de parcerias com a iniciativa privada na área de saúde.

O documento apresentado ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TREMG) afirma que “o Estado sozinho não é capaz de tornar o sistema de saúde eficiente”.

De acordo com o programa, não é preciso que o Estado realize a gestão direta dos equipamentos públicos de saúde, “mas sim que ele passe da condição de provedor direto do serviço para uma função mais estratégica de monitorar e avaliar outras entidades mais capazes de ofertá-los”. Ainda segundo o texto, “o caminho para melhorar a saúde parte de seu atendimento pelo livre mercado”.

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Fonte: Jornal O Tempo, de 15/02/2019.