Papa Francisco, o líder mundial
Em 09/03/2020, por Alfa & Omega. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo, via IHU
Mais uma vez, a enquete de valoração dos líderes mundiais realizada anualmente pela Gallup International situa em primeiro lugar o papa Francisco, seguido por Angela Merkel e Emmanuel Macron, os únicos que obtém saldos positivos (opinião favorável menos opinião desfavorável) nesta era de descontentamento global.
A nível mundial, o Papa conta com 53% de opiniões favoráveis frente a 23% de desfavoráveis, o qual resulta em um saldo positivo de 30 pontos, o dobro dos 15 da chanceler alemã e o quádruplo dos sete do presidente francês. A partir do quarto líder – o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi – todos recebem saldos negativos.
Torna-se muito chamativo que o líder de uma confissão religiosa associada com a Europa, América e África recebe uma valorização positiva em todos os países salvo seis, com Síria como o mais negativo.
Desde que o Concílio Vaticano II assumiu como tarefa da Igreja Católica velar pela “única família humana”, Paulo VI, João Paulo II e seus sucessores fizeram cargo dos sofrimentos e aspirações de todos os seres humanos, com independência de sua religião.
Paradoxalmente, o país que mais aprecia o papa Francisco é ortodoxo: Romênia, com 88% de opiniões favoráveis. O seguem as Filipinas, Líbano, Colômbia e Itália.
A Espanha é o décimo país que mais o valoriza, com um 71% de opiniões favoráveis. A simpatia pelo Papa é chamativamente forte entre os maiores de 65 anos, com 86%, porém o saldo positivo se dá em todas as categorias de idade, incluída a mais fria, entre os 18 e os 24 anos.
A pesquisa anual e planetária de Gallup International – realizada na Espanha pelo Sigma Dos – revela que o estrondo contínuo dos blogs e portais informativos hostis a Francisco encontra eco tão somente entre seu reduzido grupo de leitores, o quais amargam a vida.
A pequena galáxia dos meios viganoides – assim chamados desde que publicaram simultaneamente nos Estados Unidos, Itália e Espanha o manifesto do ex-núncio Viganò que pedia a renúncia do Papa – é somente uma câmara de eco fechada em si mesmo.
Por outro lado, o mundo admira “A Alegria do Evangelho”, Laudato si’, ou sua defesa tenaz dos povos maltratados. Desde os rohingya de Mianmar aos indígenas da Amazônia.
Fonte: IHU