Novo “Contextus” no ar: Lições do pleito eleitoral de 2018 e perspectivas das eleições municipais de 2020

Em 27/11/2019, por Nesp –

A nova edição de Contextus (boletim de análise de conjuntura) é a segunda parte do acompanhamento, iniciado pelo Nesp, sobre as eleições municipais  de 2020.

O documento foi produzido também, em caráter especial, como subsídio às discussões realizadas no 5º Encontro Arquidiocesano de Fé e Política, em Belo Horizonte, no dia 30 de novembro de 2019.

Faz-se uma análise das condições em que está sendo preparada a referida disputa eleitoral, seguindo sempre um raciocínio comparativo entre os acontecimentos da eleição passada (2018) e o que se espera no atual contexto.

Na primeira seção, discute-se a mudança das categorias de análise do jogo eleitoral, principalmente a diminuição da relevância do tempo de campanha em rádio e televisão que se verificou com a entrada das redes sociais digitais como elemento determinante na disputa.

Essa mudança tem implicação direta sobre os custos de uma campanha eleitoral. Procura-se deixar claro, ao longo do texto, que o novo quadro não representa uma diminuição da interferência do poder econômico no jogo eleitoral. Ao contrário, implica a adoção de formas de manipulação e de controle mais difíceis de se coibir.

Um assunto correlato e igualmente importante é o uso das notícias fraudulentas, difundidas, majoritariamente, por meio de redes sociais e aplicativos de troca de mensagem. Os mecanismos de controle que estão sendo formulados pela Justiça Eleitoral têm sido recebidos na imprensa, em geral, como meramente uma política de contenção de danos.

Outro conjunto de questões discutido a seguir, tenta compreender a disposição com que o eleitorado deverá participar do processo eleitoral. Não há razões para supor que os ânimos radicalmente exaltados há anos sejam apaziguados nos próximos onze meses. Ao contrário, tem-se difundido um comportamento, aqui designado como irracionalista, em que expectativas de negação da própria realidade têm sido cultivadas: o anti-intelectualismo e a guerra contra as universidades; o fundamentalismo religioso; as teorias conspiratórias e tantos outros mecanismos semelhantes.

Finalmente, faz-se um breve relato das principais candidaturas e das contingências que limitam o campo de ação de cada uma delas. A abordagem feita é assumidamente incompleta, considerando-se que muitas mudanças ainda estão acontecendo. Espera-se dar maior amplitude a esse debate nas próximas edições de Contextus, à medida que o cenário for ficando mais claro.

Acesse aqui esta edição.

Fonte: Nesp/PUC Minas